O artigo tem por objetivos apresentar a versão brasileira da escala CRAFFT de triagem de uso de drogas entre adolescentes e analisar sua compreensibilidade. Estudo descritivo e quantitativo, que avaliou versão brasileira da escala CRAFFT, e aferiu sua aplicabilidade em amostra por conveniência composta por escolares de 14 a 21 anos, regularmente matriculados em duas escolas técnicas. Foram analisados: a dificuldade de compreensão; a capacidade de avaliação através da comparação com o questionário do CEBRID aplicado em 28,8% dos estudantes; e o percentual de adolescentes considerados CRAFFT/CESARE positivos pelo ponto de corte. O coeficiente Kappa foi aplicado como medida de concordância entre os questionários e diferenças psicométricas com pontos de corte diversos foram avaliadas pela curva ROC. A escala CRAFFT/CESARE foi aplicada em 2005 alunos, sendo 1882 da faixa etária determinada. Apenas 2,2% dos adolescentes referiu dificuldade com o entendimento das questões. A especificidade da escala CRAFFT/CESARE foi de 73,3% e a sensibilidade 87,1%. O grau de concordância foi considerado bom (0,461). O CRAFFT/CESARE foi positivo em 36,2% dos adolescentes.
Referências para citação: Pereira, Bruna Antunes de Aguiar Ximenes, Schram, Patricia Franco Cintra, & Azevedo, Renata Cruz Soares de. (2016). Avaliação da versão brasileira da escala CRAFFT/CESARE para uso de drogas por adolescentes. Ciência & Saúde Coletiva, 21(1), 91-99. https://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015211.05192015
Obs.: material linkado com o banco de dados Scielo.