O que a psicanálise tem a dizer sobre tantas questões que envolvem as drogas, que de longe ultrapassam a questão de seu uso? Questões, diríamos, históricas, clínicas e políticas. O objetivo desse texto é discutir vicissitudes que as perpassam. Não apenas nos acercarmos do “problema drogas”, mas pensar como a presença da psicanálise pode fazer frente a determinados discursos que se presentificam nesse campo de atuação e que estão longe de pôr o sujeito em questão. Trabalhar com a psicanálise é levar em conta a pulsão de morte. É lançar mão de um saber que nos permite uma orientação de tratamento que leve em conta o que há de mortífero no uso de drogas nas toxicomanias, pondo em relevo a posição de gozo do sujeito. É, além disso, pôr em questão o que há de mortífero em determinados direcionamentos políticos que transformam o sujeito em objeto.
Referências para citação: BASTOS, Adriana Dias de Assumpção and ALBERTI, Sonia. Crack! A redução de danos parou, ou foi a pulsão de morte?. Psicol. USP[online]. 2018, vol.29, n.2, pp.212-225. ISSN 0103-6564. http://dx.doi.org/10.1590/0103-656420170100.
Obs.: material linkado com o banco de dados Scielo.