OBSERVATÓRIO BAIANO SOBRE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

CETAD Observa

Ideação suicida e consumo de drogas ilícitas por mulheres

Objetivo

Analisar a relação entre ideação suicida e consumo de drogas ilícitas em mulheres

Métodos

Estudo analítico realizado com 369 mulheres atendidas em Unidades Básicas de Saúde utilizando para investigação do consumo de drogas ilícitas o Non-Student Drugs Use Questionnaire e para investigação da ideação suicida o Self-Reporting Questionnaire.

Resultados

Verificou-se que existe associação entre ideação suicida e o uso de tranquilizantes sem prescrição médica (p=0,005), de solventes (p=0,006) e de maconha (p=0,003). O consumo de tranquilizantes aumenta em 2,7 vezes (IC=1,372-5,608) as chances de as mulheres terem ideação suicida quando comparadas com aquelas que não fazem uso das referidas drogas, bem como pelo uso de solventes em 10,1 vezes (IC=2,197-46,967) e o uso de maconha em 3,3 vezes (IC=1,865-13,900).

Conclusão

Os indicadores produzidos apontam que uso de drogas ilícitas pelas mulheres tem implicação grave e, portanto, necessita de intervenções efetivas que devem focalizar, sobretudo, na prevenção da ideação suicida, uma vez que a progressão dessa ideação poderá convergir para desfechos trágicos que incluem tentativa de suicídio, automutilação e suicídio.

Referências para citação: Silva Júnior, Fernando José Guedes da, Monteiro, Claudete Ferreira de Souza, Veloso, Lorena Uchoa Portela, Sales, Jaqueline Carvalho e Silva, Costa, Ana Paula Cardoso, & Gonçalves, Lorraine de Almeida. (2018). Ideação suicida e consumo de drogas ilícitas por mulheres. Acta Paulista de Enfermagem31(3), 321-326. https://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201800045

Obs.: material linkado com o banco de dados Scielo.

Assunto: 
Drogas e saúde
Autor(a):: 
Fernando José Guedes da Silva Júnior, Claudete Ferreira de Souza Monteiro, Lorena Uchoa Portela Veloso, Jaqueline Carvalho e Silva Sales, Ana Paula Cardoso Costa, Lorraine de Almeida Gonçalves
Palavras Chaves: 
Drogas iIícitas; Ideação suicida; Saúde mental; Mulheres; Saúde pública