INTRODUÇÃO: A inclusão de intervenções focadas na família, através da terapia unifamiliar, ou da terapia multifamiliar (TGMF) vem crescendo como uma forma de enfrentar um problema tão grave e complexo como é a dependência química.
OBJETIVOS: Investigar e avaliar fatores associados à adesão ao tratamento multifamiliar no tratamento de dependentes químicos hospitalizados.
MÉTODO: A pesquisa é um estudo transversal retrospectivo, com uma amostra de 672 famílias participantes da TGMF durante o período de seis anos (de março 1997 a julho de 2003). Foi realizado um estudo dos fatores sociodemográficos como idade, sexo, tempo de uso da substância e quanto ao tipo de droga mais prevalente e investigada a associação entre o grau de parentesco do familiar participante do programa e a adesão ao tratamento multifamiliar. Foram pesquisados 672 prontuários de sujeitos que estiveram internados e ingressaram no programa de tratamento multifamiliar e os relatos das sessões descritos pelo terapeuta coordenador do grupo.
RESULTADOS: Há associação entre a participação da família e adesão ao tratamento. A participação de dois ou mais familiares repercute na adesão.
DISCUSSÃO: Os resultados sugerem que inclusão de um número maior de familiares poderá repercutir em uma maior adesão ao tratamento.
Referências para citação: SEADI, Susana M. Sastre and OLIVEIRA, Margareth da Silva. A terapia multifamiliar no tratamento da dependência química: um estudo retrospectivo de seis anos. Psicol. clin. [online]. 2009, vol.21, n.2, pp. 363-378. ISSN 0103-5665