OBSERVATÓRIO BAIANO SOBRE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

CETAD Observa

Associação entre paracoccidioidomicose e alcoolismo

A associação entre alcoolismo e paracoccidioidomicose foi avaliada pelo método de caso-controle, comparando-se o hábito de ingestão etílica de 70 doentes com o de outros 70 pacientes hospitalizados por razões diversas e pareados por sexo e idade. Os participantes foram interrogados de maneira padronizada sobre a quantidade, tipo e periodicidade da ingestão de bebidas alcoólicas, duração do consumo e também sobre manifestações de abuso e/ou dependência do álcool. Na forma crônica da micose foi observada proporção significativamente maior de doentes com ingestão média de álcool acima de 60 ml/dia (50,0% x 30,0%) e com preferência por aguardente de cana (89,4% x 68,3%) em relação ao grupo controle, além dos grandes bebedores (>100 ml/dia) mostrarem tendência de reativação da doença durante ou após seu tratamento. Na forma aguda/subaguda da paracoccidioidomicose verificou-se que 64,3% dos consumidores de bebidas alcoólicas já haviam tido um ou mais episódios de embriaguez etílica, versus 17,6% no grupo controle. Os dados sugerem que o alcoolismo seja fator predisponente da paracoccidioidomicose e talvez possa prejudicar sua cura, principalmente da forma crônica da infecção.

Referências para citação: MARTINEZ, R.; MOYA, M. J. Associação entre paracoccidioidomicose e alcoolismo. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.26, n.1, fev. 1992.

 
Obs.: Material linkado com o banco de dados do Scielo.

 

Arquivo Publicações: 
Assunto: 
Álcool e saúde
Autor(a):: 
Associação entre paracoccidioidomicose e alcoolismo
Palavras Chaves: 
Alcoolismo, complicações. Paracoccidioidomicose, complicações