Objetivo. Subsidiar profissionais de saúde para melhoria das estratégias de adesão e base para Política Nacional de Adesão, definida como o conjunto de atitudes do paciente para melhor aproveitamento do tratamento. Pacientes com aids, tuberculose e usuários de drogas têm dificuldades para aderir.
Métodos. Estudo descritivo, metodologia qualitativa - Rapid Assessment, Response and Evaluation (RARE) em quatro serviços públicos de Doenças Sexualmente Transmissíveis/ Aids de São Paulo, 37 profissionais de saúde (mulheres, casadas, 45 anos) que atendem à população estudada e 27 pacientes (maiores de idade, com aids, tuberculose e usuários de drogas/ 35 anos, sexo masculino, escolaridade baixa, solteiros/ sozinhos, desempregados, diagnóstico de HIV e início de tratamento de aids há mais de cinco anos).
Resultados. Profissionais de saúde sem experiência prévia e capacitações específicas em tuberculose e dependência de psicoativos. Conhecimentos técnicos desatualizados sobre interações, genotipagem, sub-tipos HIV, resistência, falência, tuberculose multidrogarresistente, exceto infectologistas. Sem padronização de conduta para troca de esquema terapêutico de ARV. Exigência de abstinência. Pacientes: ingestão de todas as doses de uma só vez/dia; falhas por esquecimento, uso de drogas (álcool), evitar efeitos colaterais, não-revelação de diagnóstico usuários de crack compartilham cachimbo; trocam médico e/ou serviço para mudar esquema de anti-retrovirais. Serviços de DST/Aids sem interação com Programa de Tuberculose e Saúde Mental.
Conclusões e recomendações. Profissionais de saúde necessitam de capacitações tuberculose e drogas para melhoria da adesão destes pacientes, elaboração de Planos Individuais de Adesão e introdução da Redução de Danos como estratégia; construção da Política Nacional de Adesão. Descritores: Adesão, Saúde Pública, Tuberculose, Aids, Drogas.
Referências para citação: LIMA, Helena Maria Medeiros. Adesão ao tratamento de HIV/AIDS por pacientes com AIDS, tuberculose e usuários de drogas de São Paulo. Tese de Doutorado. 185f. Área de concentração de Epidemiologia/ Faculdade de Saúde Pública/ Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.