O presente trabalho teve por objetivo diagnosticar o padrão de consumo dos estudantes de uma escola particular do estado de São Paulo, contribuindo para a obtenção de dados a respeito da prevalência do uso de drogas entre os estudantes brasileiros e levantar questões a respeito da prevenção. A pesquisa teve a participação voluntária de 839 estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental II ao 3º ano do Ensino Médio, de uma escola particular. O instrumento de coleta consistiu em um questionário anônimo, fechado de múltipla-escolha, autopreenchido, com 76 questões abordando alguns temas, tendo sido aplicado nos laboratórios de informática da escola. Os resultados mostraram que as drogas mais consumidas pelos participantes foram o álcool (com uma prevalência bem superior das demais drogas), com início também mais precoce, o tabaco e a narguile. Entre as ilícitas, a maconha/haxixe e os solventes ou inalantes foram as mais experimentadas segundo o relato dos participantes. Os estudantes, que nunca haviam experimentado qualquer droga, avaliaram seus pais como mais controladores do que os demais. O motivo mais apontado para justificar a experimentação de drogas, independentemente do tipo, foi a curiosidade. Grande parte dos estudantes afirmou considerar importante a prevenção ao uso de drogas. A maneira mais interessante de se prevenir, segundo a maioria dos participantes, seria a orientação familiar e a orientação dos professores. Os dados obtidos neste estudo e em estudos anteriores sugerem a necessidade de implementar um programa preventivo na escola, uma vez que ela pode assumir o papel de mediadora entre os alunos, a família e a comunidade.
Referências para citação: SARTORI, C. N. Prevalência do uso de drogas em estudantes de uma escola particular: subsídios para prevenção. 2008. 98f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Psicologia). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Obs.: Material linkado com o Sistema de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações - Bilblioteca Digital PUC.