Trata-se dois estudos interdependentes. No Estudo 1, 188 estudantes secundaristas de uma escola pública de Porto Alegre - RS responderam a um protocolo sobre tipos de bebida, locais de consumo, idades de experimentação, uso mais comuns e efeitos esperados em relação a informação de consumo de álcool no mês anterior. Os resultados permitiram a classificação dos adolescentes em três padrões de consumo (abstinência, moderado e elevado) e mostraram que expectativas agradáveis dos efeitos do álcool estavam associadas ao consumo elevado. No Estudo 2, entrevistou nove sujeitos que haviam participado do Estudo 1, com o objetivo de conhecer os conteúdos das expectativas no contexto da história pessoal e familiar de consumo de álcool. A escolha dos sujeitos foi intencional, de acordo com idade (14 a 16 anos), freqüência do uso de álcool no último mês e tipos de expectativas, ou seja três representantes de cada perfil. As descrições das entrevistas foram classificadas em unidades de sentido e a seguir agrupados em categorias temáticas. As interpretações destacaram o uso do álcool como parte do desenvolvimento psicológico do adolescente em nossa sociedade e o impacto da orientação e modelo familiar nos hábitos de consumo e nas escolhas da bebida dos filhos adolescentes.
Referências para citação: ARAUJO, L. B.; GOMES, W. B. Adolescência e as expectativas em relação aos efeitos do álcool. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 1998, vol.11, n.1, pp. 05-33.
Obs.: Material linkado com o banco de dados do Scielo