Este estudo teve como objetivo analisar as concepções que orientam as práticas de Redução de Danos (RD) no Brasil. Selecionaram-se 46 publicações nacionais, de 1994 a 2006, tendo como referência principal a base de dados LILACS. Partindo das categorias centrais objeto (aquilo que se pretende transformar) e sujeito (para quem as ações são direcionadas), a análise mostrou que a RD apresenta-se de maneira bastante heterogênea, com a unidade objeto-sujeito representada por diferentes equações: dependência-dependente; doenças transmissíveisusuários de droga das populações marginalizadas e excluídas; consumo-usuário de drogas; moradores-modo de vida de uma dada "comunidade"; riscos sociais e população em geral; e produção, comércio e consumo de Substâncias Psicoativas (SPA)-classe social. Pode-se concluir que as diferentes concepções de RD expressam tendências que vão se constituindo no Brasil como respostas aos problemas relacionados ao complexo fenômeno do consumo de drogas, e significam o envolvimento de diversas áreas e a ampliação do debate teórico.
Referências para citação: SANTOS, Vilmar Ezequiel dos; SOARES, Cássia Baldini and CAMPOS, Célia Maria Sivalli. Redução de danos: análise das concepções que orientam as práticas no Brasil. Physis[online]. 2010, vol.20, n.3, pp. 995-1015. ISSN 0103-7331
Obs.: Material "linkado" com o banco de dados do Scielo.